domingo, 11 de abril de 2010

O desconhecido.

O que saia da boca dos tropeiros, hoje é lenda, floclore, antigas crendices que fazem hoje parte do bucólico rodeio da nossa cultura. É interessante ver a forma como essas histórias são contadas hoje, como domesticamos nas escolas o brutal, os assassinatos cometidos em nome daqueles seres míticos, as crianças penduram num varalzinho de cordel cartazes do saci-pererê, mula-sem-cabeça, lobisomem...

O controvérsio é curioso, mas no passado esses reflexos de sabedoria popular eram o que não faziam muita gente dormir a noite. Uma ciência sintética que ocupava a vida de camponeses e que contrapunha o meio deles com meio industrial e urbano. Especulações do desconhecido, ruídos de roedores, pios de corujas, qualquer coisa já eram motivo para aquela roda de chimarrão ficar atenta em volta do fogo. Essas histórias aqui contadas não são apenas o relato do desconhecido, mas são também o encontro da civilização com esse desconhecido.

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