Percorria entre os ouvidos nos corredores das Universidades o boato de uma fonte perdida da Revolta dos Posseiros, como se fosse um tal "Livro Negro da Revolta". Ano passado uma colega de faculdade na Unipar, Joseane Jokoski, me mostrou uma fonte, um pequeno caderno empoeirado, com alguns rasgos e meio tastaviado, virado em praga. Era ele, uma publicação de 1958, feita em papel rústico, portanto de difícil conservação.
Dessa fonte preciosa extrai uma pesquisa que me rendeu minha dissertação de pós-graduação nesse ano. Como forma de retribuição a memória e a História estou digitalizando esse documento
histórico que contém dois discursos do senador Othon Mader que denunciam
as práticas violentas das companhias colonizadoras durante a década de
1950 contra os posseiros do sudoeste do Paraná assim como o descaso da
polícia e do governo frente a tais abusos.
Foi
entre cachaças, salames defumados, fumos de corda dependurados nas bodegas que o
povo do sudoeste escutava a Rádio Colméia na frequência 1520 Hz onde se
denunciava as "marvadezas" praticadas pelas companhias colonizadoras que
eram protegidas pelos governo Lupion. Casas eram queimadas, mulheres
violentadas, uma criança foi jogada pra cima e espetada por uma adaga.
No meio do mato, farrapos como Pedro Santin e tantos outros anônimos se
degladiavam entre faconaços e tiroteios no meio de valetas usadas como
trincheiras contra os jagunços e criminosos vindos de diversos lugares
do Brasil, Argentina e Paraguai.
Hoje, fazem 55 anos que o
povo do sertão do Paraná tomou as ruas contra a violência dos jagunços e
o descaso das autoridades policiais. O comércio foi fechado em
protesto, documentos das companhias foram jogados pelas ruas e queimados
e até o chefão da política estadual Pinheiro Junior teve de aceitar as
exigências dos colonos.
A experiências desses homens e mulheres
simples que impunharam carabinas para defender suas terras nos deixa
uma lição de como defender a vida com força e honra.
Os posts aí embaixo provam que não são os políticos que não prestam. Esses já estão comprometidos com a elite, só estão defendendo o deles. Mas você, largue mão de ser lóke, bicho burro, oreia seca, trate de usar esse dedo pra outra coisa que não seja cutucar o nariz e fazer brigadeiro com o tatu que sai de "drento". Soque a porva nesses home, como se tivesse fazendo amor ca tua muié e vote em alguém que presta.
Ta aí jegue, eles te compram com gasolina e mensagem celular de madrugada e você virá burro de carga dos troxa pagando imposto que nem alfafa
HOJE ELES DIZEM QUE TÊM O APOIO DO GOVERNADOR, MAS FORAM AMEAÇADOS CASO SE CANDIDATASSEM...
SERTÃO NEWS: Partido do governador faz Conferência, e mulher do governador só faltou xingar a mãe do candidato a prefeito.
Capital do Sertão, 17 de março de 2012
Debaixo de um capoeirão,
achamos um ninho de tucanos no sertão
Foguetório e gritaria marcaram o entreveiro do Convenção
Partido dos Sociólogo do Brasil na Capital do Sertão Paranaense. Esteve
presente a mulher do governador "Piá de Prédio" que chamou a mesa o
prefeito "Boi Gordo" e o seu amigo deputado "Cara de Perau", ambos foram
vaiados pela tucanada e por pouco não saiu ovo e tomate podres no pessoal neo-brizolista.
No discurso o tom de ameça da muié que mais parecia esposa dum coronel
bago-roxo saiu nesse tom. Nosso correspondente Nego Barrichoca relatou "Olha Pocai, ela falo praticamente assim: É isso aí diabedo! Esse ano nós vamo pras
cabeça! E tu 'Cara de Perau' pode até se lançar candidato a prefeito,
mas já saiba que caso se eleja nessa cidade de barranco não vai poder
contar com 1 pila do governo do meu maridão".
SERTÃO NEWS, em dialeto gringuês pra ficar mais claro pra todo mundo que nem água de poço.
O candidato "Cara de Perau" daí teimou, calou a boca de todo mundo com cargo público e o escambal e agora vem puxar o saco do pessoal que ameaçou não trazer 1 pila pra cá.
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Vereadores inauguram patente no Arroio Veado;“agora eles têm lugar pra
fazer as cagada”, diz oposição
Linguiçada e foguetório, "os políticos tão apelando cedo, negada" analisou nosso crítico político Zé Coró
Por Leandro Czerniaski – Correspondente Beltronense dos barranco da beirada do rio Marrecas
10 de junho de 2012
Uma solenidade política com fogos de artifício, carreata e gole na
faixa marcou a inauguração da patente comunitária de Jacutinga do Arroio Veado,
interior de São Migué d’Oeste. A obra foi construída às pressas após a pressão
da comunidade local, que chegou a dar de presente um balde cheio de bosta pro
prefeito.
Nos discursos, após cortar a faixa brilhante, as "otoridades" enalteceram
a necessidade de levar um tal de saneamento básico à comunidade de Arroio
Veado. Nego Várdo disse que esse loco pode até vim, "má que não se tentiê pra
cima das muié, senão vão atropelá na base da faconada e tiro de sal na bunda". O
governador Colombo confirmou presença na inauguração, mas não compareceu devido
à “imprevistos”. Ainda bem, senão ia saí de lá co lombo ardido de pau.
Para simbolizar a inauguração da obra, o vereador Jacinto Bucho Frôxo,
arriou as cárça e lambuzou as alpargata, demonstrando a qualidade da obra.
Depois não convidaram ele nem pra foto oficial.
A oposição classificou a prática como “suja”, literalmente, e disse que
a obra foi feita em favor próprio do prefeito, acostumado a fazer suas cagadas.
Em resposta, o chefe do executivo disse que vários de seus pares poderão
desfrutar do local, já que tem muito político caganêra pelas redondezas.
O degladeio com linguiçinha e gole na faixa terminou só quando o sol
apareceu e as moças de família se recolheram às suas moradas. O evento não
registrou nenhuma morte, só um faquiado no fígado.