domingo, 24 de junho de 2012

24 de junho: Dia da Araucária

"Sobre as araucárias, 
os quero-quero não sobem galhos, 
eu sinto ali as geadas,
com sabor de doces orvalhos...

Olho nos olhos do povo, 
o sonho dessa gente, 
faz brotar um mundo novo 
quando plantada a semente"
(trecho do poema "Somos sertão, somos sudoeste")


Mata das Araucárias (fonte UFF):

Como o próprio nome indica, a árvore predominante na paisagem é a gimnosperma Araucaria angustifolia, o pinheiro-do-paraná (Figura 3). Somada a este, a vegetação é constituída também por arbustos, como samambaias e xaxim, e gramíneas. Estudos revelam a existência de nove variedades de araucárias, ocorrendo em diferentes associações com espécies vegetais de grande importância econômica, como a imbuia, a canela lageana, o pinheiro-bravo e a canela sassafrás. Neste bioma, encontramos o mate (erva-mate), que apresenta grande importância econômica, principalmente para a população do Sul do país que a utiliza na preparação do chimarrão. Esta última também tem valor ambiental, pois é explorada no sub-bosque da floresta (Copobianco, 2007).

O clima da região é temperado, as estações são bem delimitadas: verões razoavelmente quentes e invernos bastante frios, com geadas freqüentes. As precipitações atmosféricas são regulares e abundantes. As copas das árvores não formam uma camada contínua, como ocorre na floresta Amazônica e na mata Atlântica. E, por serem mais abertas, são menos úmidas dos que as florestas pluviais tropicais (da Silva Júnior & Sasson,1995; Paulino, 2002; Uzunian & Birner, 2001). 

 

Os pinheiros podem ter troncos com um metro de diâmetro e atingirem 25 a 30 metros de altura. Só se vê ramificações no topo da árvore, o que lhe dá um aspecto de guarda-sol. Isso ocorre pelo fato de os ramos mais baixos, que ficam na sombra, serem eliminados, pois a araucária é heliófila, ou seja, uma planta de sol. Suas sementes, os pinhões, são um rico alimento para muitos animais e para o homem (da Silva Júnior & Sasson,1995). 

Localiza-se no sul do Brasil, estendendo-se pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Esse bioma foi intensamente devastado, de modo que, atualmente, a porcentagem de mata preservada não chega a 2% (Uzunian & Birner, 2001). Deste pouco que restou das matas de araucárias, apenas 40.774 hectares se encontram legalmente protegidos em 17 Unidades de Conservação, perfazendo um total de 0,22% da área original Copobianco, 2007).

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