quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Ojuara

por Antonio Paulo Benatte

O poeta é como o andrarilho,
escreve cada palavra como se
desse um passo de cada vez.
Eu vim de longe, eu vou em frente
No verso, no reverso do repente
Que pra seguir nessa lida
Tem que ser forte ou valente

Ou nascido no sertão
(o sertão que é em toda parte)
Que pra vencer o tinhoso
Tem que ter muita arte
Pra dobrar o beiçudo
Tem que ser Malazarte 

E ver beleza até na morte
E feiura até na arte
Que uma e outra mora
Nos olhos de quem contempla 

E no improviso do repente
A rima vence a sina
Do engano que me tenta
Porque Deus é mais forte
Do que o diabo pensa 

Que nem tudo tá no livro
Tem coisa que é da cabeça
Tem coisa que é da sabença
Das artes que o povo inventa
Que o povo é mais instruído
Do que muito doutor pensa. 

Plavras do autor:
Agradeço a todos os amigos & à minha família que de perto & de longe & mesmo das Orópa mandaram felicitações pelo meu níver, o que fez o meu dia extremamente feliz. Para agradecer a estima, mando um poeminha cometido de última hora com o Fábio Lachinski, poeta aqui dos Campos Gerais dos Paranás, e com o Felipe Soares, lutador das causas do povo. Abraços & beijos.

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