domingo, 8 de maio de 2011

Somos Sertão, somos sudoeste...


Somos sudoeste,

que aqui chamavam sertão,

'má' não daquele agreste,

aqui tem salame, radite no no 'poun' (pão).


Sobre as araucárias,

os quero-quero não sobem galhos,

eu sinto ali as geadas,

com sabor de doces orvalhos,


nossas chinas são mais belas,

somos machos má dexamo,

caímos em desengano,

o inverno quero passar com uma delas,


nossos sonho brotam do ár,

num caíco no Chopim a velejar,

no Carletto, Ruzza, Bosi,

ou Chacará do Carcará,


no fogão a lenha,

um chimarrão,

não importa aqui quem venha,

no rancho sempre sirvo um vinho bão,


somos negri, italiani,

bugri e no futebol somos milhor,

nosso carção Nike paraguaio,

o chero dos bago é o maior,


no estádio metemo o rabo no banco,

e saímo de lá na mão,

cos loko de Pato Branco,

ou até cos de Beltrão,


corrimo de F 4000 moído,

se bandiemo e fumo pela 186 (um, oito, meia),

e saímo em Rincon Torcido,

peguemo 1 milhão de pexe pra Santa Sexta-Feira,


logramo uma véia bugra,

paremo taméim no Pantuio, (Pantulhos Bar)

saímo largando os trabuco,

corremo daqueles baguio,


esgualepado de perna entrevada,

vimos que elas eram cuca quente,

peguemo e sartamo na avoada,

chegamo no Inferninho e lá sim tinha gente,


somos do sertão do Paraná,

aqui falamo caspita, porco cane,

samo da cidade não samo mais colono

por isso não se engane,


se não samo mais interior também não samo gato,

porque do nossos lado a boca é quente

má tentemo saí do mato,

mas o mato não sai da gente.

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