quarta-feira, 10 de outubro de 2012

55 anos da Revolta dos Posseiros

Foi entre cachaças, salames defumados, fumos de corda dependurados nas bodegas que o povo do sudoeste escutava a Rádio Colméia na frequência 1520 Hz onde se denunciava as "marvadezas" praticadas pelas companhias colonizadoras que eram protegidas pelos governo Lupion. Casas eram queimadas, mulheres violentadas, uma criança foi jogada pra cima e espetada por uma adaga.

No meio do mato, farrapos como Pedro Santin e tantos outros anônimos se degladiavam entre faconaços e tiroteios no meio de valetas usadas como trincheiras contra os jagunços e criminosos vindos de diversos lugares do Brasil, Argentina e Paraguai.

Hoje, fazem 55 anos que o povo do sertão do Paraná tomou as ruas contra a violência dos jagunços e o descaso das autoridades policiais. O comércio foi fechado em protesto, documentos das companhias foram jogados pelas ruas e queimados e até o chefão da política estadual Pinheiro Junior teve de aceitar as exigências dos colonos.

A experiências desses homens e mulheres simples que impunharam carabinas para defender suas terras nos deixa uma lição de como defender a vida com força e honra.

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