55 anos da Revolta dos Posseiros
Foi
entre cachaças, salames defumados, fumos de corda dependurados nas bodegas que o
povo do sudoeste escutava a Rádio Colméia na frequência 1520 Hz onde se
denunciava as "marvadezas" praticadas pelas companhias colonizadoras que
eram protegidas pelos governo Lupion. Casas eram queimadas, mulheres
violentadas, uma criança foi jogada pra cima e espetada por uma adaga.
No meio do mato, farrapos como Pedro Santin e tantos outros anônimos se
degladiavam entre faconaços e tiroteios no meio de valetas usadas como
trincheiras contra os jagunços e criminosos vindos de diversos lugares
do Brasil, Argentina e Paraguai.
Hoje, fazem 55 anos que o
povo do sertão do Paraná tomou as ruas contra a violência dos jagunços e
o descaso das autoridades policiais. O comércio foi fechado em
protesto, documentos das companhias foram jogados pelas ruas e queimados
e até o chefão da política estadual Pinheiro Junior teve de aceitar as
exigências dos colonos.
A experiências desses homens e mulheres
simples que impunharam carabinas para defender suas terras nos deixa
uma lição de como defender a vida com força e honra.
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