terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O tal do parente.

Clevelândia, 23 de dezembro de 1932.


Essa é uma lenda que fala do povoamento do Sertão do Paraná.


Era quase natal,

Os moradores da principal pólis mãe do Sertão do Paraná recebiam um amontoado de parente vindos de todos os lado do Brasil. Os Martins recebiam os caipiras de São Paulo, fugidos da Revolução Constitucionalista; Os Rosa recebiam os bugres de Campo Erê, sobreviventes do Contestado; Os Martignoni recebiam a italianada do norte do Rio Grande. Era um momento de fartura, “fartava” tudo, carne nos açougues, arroz e feijão nos secos e molhados e principalmente cachaça e vermute nas bodega, muitos desses parentes chegavam, sentavam num cepo na frente das casa e até hoje não voltaram mais...


Muitos dos moradores se encontravam para mijar num potreiro há duas quadras da praça municipal.

Um gringo da gema assuntava com um gaudério enquanto baixava sua ceroula:

Antes de nóis saí do saco do pai, divia de vim um home e fala pa nóis o que é um parente:


Parente é um negócio que começa perto, e de repente se bandeia pra longe,

quando ele tá perto, tu qué que ele teja longe,

quando ele tá longe, tu qué que ele teja perto,

quando você aparece, ele some,

quando ele aparece é miór1 tu sumi,

quando tu precisa dele, ele foge

e quando ele precisa de ti, é miór tu fugi.


1melhor

Um comentário:

  1. Muito criativo, hahahah
    ''quando você aparece, ele some,

    quando ele aparece é miór1 tu sumi..''

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